terça-feira, 2 de julho de 2013

UJS dialoga com Dilma sobre avanços para a Juventude.

Na última sexta (28), no Planalto do Palácio, o presidente da UJS, André Tokarski, participou de uma reunião com a presidenta Dilma Rousseff e líderes de movimentos de juventude, na qual dialogaram sobre as melhorias para o país que os jovens estão cobrando nas ruas.

Dilma pediu apoio dos líderes para pôr em prática as propostas que visam fazer o país avançar, tanto na política, quanto nas áreas da educação, saúde e transporte – principal reivindicação que tem mobilizado as manifestações dos jovens, desde o mês passado.

Conversando sobre as propostas na política, Dilma expôs a criação do Plebiscito, a Reforma Política, e o combate à corrupção em pauta.

Tokarski frisou o posicionamento da UJS com as medidas democráticas apontadas por Dilma e, destacou que discutirá com outras juventudes a criação de propostas para incluir cada vez mais os jovens na política do país.

“A UJS irá apoiar a iniciativa da presidenta de realizar o plebiscito da reforma política e irá discutir com outras organizações políticas de juventude medidas que assegurem a ampliação da participação política dos jovens, através da reforma política.”, afirmou o presidente da UJS.

Quanto à educação, Dilma reafirmou o seu apoio à destinação dos royalties do petróleo e dos recursos do Fundo Social do Pré-sal para o setor – essa proposta foi encampada há quatro anos, pela UNE (União Nacional dos Estudantes) e pela UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas).

O projeto, apresentado pelas entidades estudantis e pelos movimentos sociais, pede que sejam investidos 100% dos royalties do petróleo e 50% do pré-sal na educação. Dilma já havia defendido essa proposta, e a enviou à Câmara dos Deputados, na semana passada. A votação culminou com a aprovação de 50% do pré-sal e 75% dos royalties para o ensino público. Quanto aos 25% restantes dos royalties, os deputados votaram que fossem investidos na saúde.

No transporte, Dilma apontou que o Governo Federal passará a investir mais de 50 bilhões em melhorias na mobilidade urbana, além de reduzir impostos, para que outros governadores e prefeitos possam reduzir o preço das tarifas.

Já na saúde, além de construção de novas Unidades Básicas de Saúde, e hospitais, Dilma pretende também ampliar o número de vagas nas universidades federais para medicina. Contudo, ela ressaltou a necessidade imediata de trazer médicos de outros países para suprir o déficit de profissionais nas periferias e regiões pobres, como Norte e Nordeste.

A presidente ponderou ainda que a organização dos partidos políticos e dos movimentos sociais são importantes agentes da democracia brasileira. E sabendo desse papel que eles desempenham, a presidenta comunicou a todos que está aberta ao diálogo com todos os movimentos e disposta a ouvir a voz que vem das ruas.

Essa sensibilidade em relacionamento foi comprovada por Tokarski, que relatou os pontos positivos na conversa com Dilma. “A presidenta Dilma demonstra abertura ao diálogo com a juventude e apresenta uma agenda positiva e progressista para o país, ao defender medidas como a realização de um plebiscito para a reforma política, o apoio à destinação dos royalties do petróleo e dos recursos do Fundo Social do Pré-Sal para a educação e o compromisso de investir 50 bilhões de reais na melhoria do transporte coletivo das principais capitais do país.”, relatou Tokarski.

Governo criará rede social para interagir com jovens.

Após a reunião com os líderes juvenis, a Secretaria Nacional da Juventude informou que daqui a duas semanas o Governo Federal vai lançar a rede social “Observatório Participativo”.

Este canal proporcionará que cada jovem – indiferente de estar ligado a algum movimento social ou não – possa cadastrar seu perfil na rede e contribuir com discussões ligadas a diferentes temas, como saúde, educação, transporte, violência.

“O observatório participativo fará com que a gente tenha um canal permanente de diálogo com os jovens pelas redes sociais para consultas públicas, mas também para aprofundar o conteúdo acerca do tema juventude e das políticas publicas”, apontou Severine Macedo, secretária da Secretaria Nacional de Juventude.


Redação

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Carta aberta dos movimentos sociais à presidenta Dilma Roussef.






Cara Presidenta,

O Brasil presenciou, nesta semana, mobilizações que ocorreram em 15 capitais e centenas cidades. Concordamos com suas declarações que afirmam a importância para a democracia brasileira dessas mobilizações, cientes que as mudanças necessárias ao país passarão pela mobilização popular.

Mais que um fenômeno conjuntural, as recentes mobilizações demonstram a gradativa retomada da capacidade de luta popular. É essa resistência popular que possibilitou os resultados eleitorais de 2002, 2006 e 2010. Nosso povo, insatisfeito com as medidas neoliberais, votou a favor de um outro projeto. Para sua implementação, esse outro projeto enfrentou grande resistência principalmente do capital rentista e setores neoliberais que seguem com muita força na sociedade.

Mas, enfrentou também os limites impostos pelos aliados de última hora, uma burguesia interna, que na disputa das políticas de governo, impede a realização das reformas estruturais, como é o caso da reforma urbana e do transporte público.

A crise internacional tem bloqueado o crescimento e com ele, a continuidade do projeto que permitiu essa grande frente que, até o momento sustentou o governo.

As recentes mobilizações são protagonizadas por um amplo leque da juventude que participa pela primeira vez de mobilizações. Esse processo educa aos participantes permitindo-lhes perceber a necessidade de enfrentar aos que impedem que o Brasil avance no processo de democratização da riqueza, do acesso a saúde, a educação, a terra, a cultura, a participação política, aos meios de comunicação.

Setores conservadores da sociedade buscam disputar o sentido dessas manifestações. Os meios de comunicação buscam caracterizar o movimento como anti Dilma, contra a corrupção dos políticos, contra a gastança pública e outras pautas que imponham o retorno do neoliberalismo. Acreditamos que as pautas são muitas, como também são as opiniões e visões de mundo presentes na sociedade. Trata-se de um grito de indignação de um povo historicamente excluído da vida política nacional e acostumado a enxergar a política como algo danoso à sociedade.

Diante do exposto nos dirigimos a V. Ex.a para manifestar nosso pleito em defesa de políticas que garantam a redução das passagens do transporte público com redução dos lucros das grandes empresas. Somos contra a política de desoneração de impostos dessas empresas.

O momento é propício para que o governo faça avançar as pautas democráticas e populares, e estimule a participação e a politização da sociedade. Nos comprometemos em promover todo tipo de debates em torno desses temas e nos colocamos à disposição para debater também com o poder público.

Propomos a realização, com urgência, de uma reunião nacional, que envolva os governos estaduais, os prefeitos das principais capitais, e os representantes de todos os movimentos sociais. De nossa parte, estamos abertos ao diálogo, e achamos que essa reunião é a única forma de encontrar saídas para enfrentar a grave crise urbana que atinge nossas grandes cidades.

O momento é favorável. São as maiores manifestações que a atual geração vivenciou e outras maiores virão. Esperamos que o atual governo escolha governar com o povo e não contra ele.

Assinam:

ADERE-MG
Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG)
UJS
AP – Assembléia Popular
Barão de Itararé
CIMI
CMP-MMC/SP
CMS
Coletivo Intervozes
CONEN
Consulta Popular
CTB
CUT
Fetraf
Fórum Ecumênico ACT Brasil
FNDC- Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação
FUP
KOINONIA Presença Ecumênica e Serviço
Levante Popular da Juventude
MAB
MAM
MCP
MMM
Movimentos da Via Campesina
MPA
MST
Quilombo
Rede Ecumênica de Juventude (REJU)
SENGE/PR
Sindipetro – SP
SINPAF
UBES
UBM
UNE
UNEGRO